Engenharia Ambiental: Uma Aliada Crucial no Combate ao Efeito Estufa e na Melhoria da Qualidade de Vida nas Cidades Brasileiras

Por Fabricio Oliveira – MTB nº 57.421/SP

Nos últimos anos, o aumento das preocupações ambientais têm destacado o papel fundamental da engenharia ambiental na mitigação dos efeitos adversos das mudanças climáticas. No contexto das cidades brasileiras, onde a urbanização acelerada e a industrialização muitas vezes resultam em impactos negativos no meio ambiente e na qualidade de vida dos cidadãos, a atuação da engenharia ambiental é essencial.

O efeito estufa, causado principalmente pela emissão de gases de efeito estufa (GEE) como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), é um dos principais impulsionadores do aquecimento global. A engenharia ambiental desempenha um papel crucial na redução dessas emissões e na implementação de medidas de adaptação às mudanças climáticas.

Em 6 de julho de 2023, a temperatura média global atingiu 17,23 °C, de acordo com o Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos. Para o Meteorol. Carlos Raupp, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro do Crea-SP, eventos como esses refletem a tendência de ampliação da temperatura média do planeta pós-revolução industrial, com um aumento mais acentuado nas últimas décadas. “Isso colabora com a hipótese de que o aquecimento global tem se dado em resposta ao crescente aumento da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera”, afirma.

Em um cenário de crescente preocupação com as mudanças climáticas e a qualidade do meio ambiente, a engenharia ambiental emerge como uma disciplina fundamental no combate ao efeito estufa e na promoção de cidades mais sustentáveis e saudáveis. Através de suas intervenções, essa área de conhecimento desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa, na adaptação às mudanças climáticas e na melhoria da qualidade de vida das populações urbanas no Brasil e em todo o mundo.

“O emprego de novas tecnologias será crucial no alcance das metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Atualmente, já existem tecnologias que auxiliam na redução das emissões. Exemplo disso são aquelas que permitiram o uso dos biocombustíveis e o desenvolvimento dos sistemas de geração de energia eólica e solar. Há também as tecnologias de captura e armazenamento do carbono, tais como o chamado sequestro geológico. Essas atividades requerem profissionais de pelo menos uma das áreas acima mencionadas”, afirma Carlos Raupp.

O meteorologista ainda explica como a ciência tem colaborado com esse enfrentamento. “A ciência tem elucidado o papel das crescentes emissões de gases do efeito estufa no aquecimento global e demonstrado como diferentes cenários de emissões podem influenciar no clima no final do século. Consequentemente, tais pesquisas também têm nos proporcionado uma nova visão do clima como um sistema complexo, caracterizado por interações envolvendo a atmosfera, a hidrosfera, a criosfera, a litosfera e a biosfera, além do papel de fatores econômicos, geopolíticos e sociais.”

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