Os 4 principais tipos de fundações usados na Engenharia Civil

Casas, prédios, pontes e muitos outros modelos de construção são erguidos sobre tipos de fundações. Porém, para cada situação de projeto é exigido um tipo diferente de solução estrutural. E é exatamente por isso que foram desenvolvidos tantos tipos diferentes de tecnologias, os quais são estudados nos cursos de Engenharia e Arquitetura. Mas você os conhece?

O que são fundações na construção civil?

Antes de mostrarmos e explicarmos os sistemas de fundação, vamos falar sobre qual é o papel, de fato, deste elemento estrutural.

As fundações ou alicerces fazem parte do “esqueleto” das obras. Elas agem como “pés” em contato direto com o solo, dando todo o suporte para o “corpo” das construções, ajudando a transferir toda a sua carga para o terreno onde estão apoiadas. Isso garante que, mesmo havendo deslizamentos de terra, nada se mova. Porém, como é de se esperar, somente especialistas na área conseguem determinar o tipo de fundação compatível com cada situação. Se você quer começar a estudar o assunto, sugerimos que consulte a NBR 6122!

Quais são os tipos de fundações mais comuns na construção civil?

1. Fundações rasas: Vigas Contínuas e Radier

Também chamadas de superficiais, as fundações rasas resultam de pouca escavação de solo. Elas quase sempre são feitas manualmente, utilizadas em obras de pequeno porte e em solos de boa capacidade de suporte. Sua profundidade é igual ou inferior a 3 metros. Existem dois formatos: aqueles que contornam a construção, como os blocos de pedra ou vigas baldrames de concreto armado, e aqueles que se estendem além dela, como as vigas contínuas e o radier, também de concreto, ficando todas essas fundações sobre diretamente os terrenos.

2. Fundações profundas

Imagine uma longa perna, com pés e sapatos que sustentam um corpo humano. Essa é a melhor comparação que podemos fazer para explicar como são as fundações profundas.

Pensando nessa analogia, esses tipos de fundações passaram a ser chamados de sapatas. São indicados para terrenos com presença de argila e outros materiais semelhantes, dimensionadas para que as tensões exercidas pela estrutura da construção sobre a fundação sejam resistidas – mas, neste caso, mais pela armadura do que pelo concreto, como acontece nos modelos de fundações rasas.

Existem vários submodelos de tipos de fundações profundas. As estacas comuns, feitas com escavação manual, atingem um pouco mais de 3 metros de profundidade. Mas, se precisamos ir além, devemos contar com outras soluções de Engenharia.

Sapata isolada

Com base quadrada, retangular, circular ou outra, e com o topo reto ou piramidal – é ideal para terrenos mais profundos com boa resistência. Neste caso, cada coluna suporta cargas individualmente ou recebe a carga de dois pilares, ou mais, sendo associadas.

Quanto à materialidade desses tipos de fundações mais profundos, o concreto é o material mais utilizado atualmente. Com ele, podemos fazer estruturas de grandes profundidades via perfuração mecânica de solo. Existem aquelas pré-moldadas, lógico – porém com limitadas de seções e comprimentos -, mas também aquelas moldadas in loco, ou seja, direto no canteiro de obras.

Estacas tipo Franki

A fundação tipo Franki é feita por ajuda de um grande tubo no qual uma armadura vai sendo retirada para que o concreto seja inserido na estaca.

Estacas tipo Strauss

Já na tipo Strauss, o concreto é colocado dentro de uma perfuração pré-escavada.

Estacas tipo Tubulão

A tipo Tubulão possui um diâmetro mais largo – não menos que 50 cm – e pode ter uma base alargada – ideal para construções submersas, onde a retirada da água é feita por meio de um equipamento que introduz ar comprimido.

3. Estacas de madeira

Por fim, devemos lembrar que é possível construir sobre estacas de madeira, feitas de troncos de árvores cravadas no solo – solução que hoje em dia serve mais para estruturas provisórias, já que, a longo prazo, precisa de tratamento contra ataques de organismos.

4. Estacas de metal

Também é possível construir sobre estacas em perfis ou trilhos de metal, que recebem um processo de escavação bem semelhante às das fundações pré-moldadas de concreto, mas com emendas e precisando de pintura especial de proteção ou “encamisamento” de concreto.

Como escolher a fundação ideal para cada construção civil?

No fim das contas, toda fundação precisa ser bem resistente, considerando o peso total e os materiais da estrutura que irá suportar. Contudo, algo que realmente faz toda a diferença na tomada de decisão do modelo ideal para a construção é a situação do terreno, mais especificamente as características do seu solo. E isso é o tipo de coisa que deve ser analisada com muita cautela.

Qualquer tiro no escuro pode trazer prejuízos irreparáveis, sobretudo com relação a vidas humanas!

Resumidamente, quanto mais “mole” e instável for o terreno, mais profunda deverá ser a estrutura de fundação da construção. Normalmente, para solos mais compactos, com camadas de pedra, indicam-se as fundações mais rasas. Solos arenosos já são mais permeáveis e podem se movimentar com mais facilidade.

Em casos como esses, o melhor são as estacas profundas, para melhor segurança e estabilidade da estrutura. Mas, voltamos a dizer: esta é uma decisão que deve ser tomada com base em um laudo técnico, a sondagem, e o parecer de um especialista em estruturas.

 
Fonte: Engenharia 360 

:: Veja Também

Serviços Online – CREA/SP e CAU/SP

Revista CREA/SP

Cartilha Programa Mulher

Cartilha CREA/SP

Convênios